Poetas têm licença p'ra mudar
até certos preceitos de gramática.
Alteram nomes, fatos, pondo em prática
um próprio e onipotente linguajar.
A tal liberação vem compensar
limitações de molde e de temática.
Porém a liberdade democrática
não passa do direito de pensar.
Agora, o que me intriga é a incoerência
daqueles que defendem o poeta
mas negam-lhe o prazer da preferência.
Condenam minha tara predileta,
a cega devoção ao pé, tendência
poupada se for "hétero" e discreta.
Glauco Mattoso
domingo, 7 de junho de 2009
LICENCIOSO
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